Outubro Rosa: mulheres com deficiência versus câncer de mama

Outubro Rosa

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1 – Outubro Rosa: mulheres com deficiência ainda encontram dificuldades para realizar mamografia

Outubro Rosa: todos os anos há uma campanha de conscientização para mulheres contra o câncer de mama.

Como estamos justamente no mês de outubro, não posso deixar de falar sobre essa campanha tão importante.

Porém, apesar da importância do assunto, infelizmente o foco deste artigo será a dificuldade que mulheres com deficiência ainda encontram para conseguir realizar o principal exame que detecta a doença.

Tenho compartilhado com você diversos avanços voltados para a acessibilidade no Brasil.

Na série sobre Acessibilidade (no Brasil, no trânsito, no turismo e na educação) abordei bastante sobre as conquistas das pessoas com deficiência em nosso país.

Entretanto, também saliento que muito ainda precisa ser feito.

É justamente nesse sentido que trarei algumas informações para você acerca das mulheres com deficiência na luta contra o câncer de mama.

Convido você a continuar com a leitura. É com informação que conseguimos lutar pelos nossos direitos.

Hoje você encontrar por aqui:

  • Outubro Rosa: dificuldade das mulheres com deficiência
  • Outubro Rosa: o que já existe de avanço nessa área
  • Outubro Rosa: sobre o câncer de mama
  • Outubro Rosa: histórico da campanha

Vem comigo?Outubro-Rosa-mulheres-com-deficiência-versus-câncer-de-mama

 

2 – Outubro Rosa: dificuldade das mulheres com deficiência

Como adiantei na introdução do artigo, todos os anos no mês de outubro temos a campanha do Outubro Rosa.

Contudo, apesar de ser pautado pela conscientização das mulheres acerca da prevenção contra o câncer de mama, nem todas tem o devido acesso ao principal exame.

E, infelizmente, as mulheres com deficiência estão incluídas nesse grupo.

Assim sendo, o principal argumento é que para fazer a mamografia é necessário que a mulher fique de pé.

Outra justificativa é que durante o exame a mulher precisa projetar seu corpo para frente, além de levantar os braços.

Em outras palavras, na mamografia a paciente tem participação ativa para que seja realizada de forma correta.

Por isso, é considerado um desafio mulheres com deficiência, principalmente as tetraplégicas, conseguirem realizar o exame.

3 – Outubro Rosa: o que já existe de avanço nessa área

Sei que as informações que você está tendo agora podem ter te deixado, no mínimo, preocupada.

Mas, calma! Apesar dos avanços nessa área não estarem acompanhando os demais avanços médicos e, também, da acessibilidade, algumas coisas têm sido feitas.

Em 2015 foi aprovado pela Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) 3595/12.

O PL, portanto, assegura para as mulheres com deficiência condições para que prevenirem, bem como a descoberta e até mesmo o tratamento para o câncer de mama.

Assim como o câncer de colo de útero, ambos no Sistema Único de Saúde (SUS).

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A principal motivação para o PL foi exatamente a falta de equipamentos acessíveis para mulheres com deficiência.

Como alternativa a essa problemática médicos indicam às pacientes com deficiência a realização de outros exames.

A fim de que o diagnóstico seja feito mesmo nas pacientes que não conseguem realizar a mamografia.

As duas opções são exames de ultrassonografia e ressonância magnética.

Porém, nem todas as pacientes conseguem realizar a ressonância, pois em casos em que a paciente apresenta espasmos, não é possível a realização do exame.

Dessa forma precisamos exigir dos governantes alternativas para que as mulheres com deficiência possam ter acesso a esses exames.

A boa notícia é que os médicos garantem que se a mulher realizar exames anuais, incluindo ultrassonografia, é possível chegar a um diagnóstico, inclusive precoce.

Vale frisar ainda que o autoexame é fundamental, mas se a mulher não tiver condições de fazer, que alguém da sua confiança faça ou a leve até um médico periodicamente.

4 – Outubro Rosa: sobre o câncer de mama

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) o câncer de mama é o tipo mais comum que acomete mulheres no mundo todo.

Por ano são registrados cerca de 28% de novos casos de câncer de mama que, apesar de raro, também acomete homens (1%).

O câncer de mama é raro em mulher com menos de 35 anos. Acima dos 35 sua incidência começa a crescer de forma progressiva, principalmente após os 50 anos.

De acordo com o Inca, a estimativa é que este ano haja mais de 59 mil novos casos no Brasil.

5 – Outubro Rosa: histórico da campanha

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Outubro Rosa é uma campanha para alertar, principalmente, as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

O movimento surgiu em 1990 após a primeira Corrida pela Cura realizada em Nova Iorque.

Atualmente diversos lugares do mundo realizam o Outubro Rosa promovendo ações de conscientização, além de mutirões de exames.

No Brasil a campanha ganhou força em 2002 e em 2011 o câncer do colo de útero também entrou na campanha voltada para as mulheres.

Segundo o INCA o objetivo da campanha é compartilhar informações sobre os dois tipos de câncer.

Além disso, promover conscientização sobre a doença proporcionando um maior acesso aos serviços de diagnósticos e de tratamento.

Assim como contribuir para a redução da mortalidade.

A campanha deste ano do INCA tem como foco fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde.

Essas recomendações visam rastrear e diagnosticar precocemente a doença, além de desmistificar alguns conceitos do câncer de mama.

Este ano a campanha tem a finalidade de:

  • Enfatizar a importância das mulheres conhecerem suas mamas e a ficarem sempre atentas a quaisquer alterações suspeitas;
  • Informar para as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos que a mamografia de rastreamento deve ser realizada a cada 2 anos;
  • Estabelecer a diferença entre mamografia de rastreamento e diagnóstica;
  • Esclarecer quais são os benefícios e quais os malefícios da mamografia de rastreamento
  • Tornar pública a informação de que o SUS oferece exame de mamografia gratuita para as brasileiras de todas as idades.

 

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